O anarquismo é o que se poderia chamar de revolta visceral. Augustin Hamon,
a partir de uma sondagem de opinião dos meios libertários, no fim do século
passado, concluiu que o anarquista é, antes de mais nada, um revoltado. Recusa
a sociedade na sua totalidade, com a sua "chusma de policiais".
Liberta-se, conforme Max Stirner, de "tudo quanto é sagrado". Realiza
uma imensa paganização. Estes "vagabundos da inteligência", estes
"tresloucados", "em lugar de considerarem como verdades
intocáveis o que dá a milhares de homens a consolação e o repouso, saltam por
cima das barreiras do tradicionalismo e abandonam-se, desenfreados, às
fantasias da sua crítica impudica."
[...]
O estado permanente de revolta leva o anarquista a sentir simpatia por todo o
irregular, e a abraçar a causa do réprobo ou do foragido."
- Freire | Viva eu viva tu viva o rabo do tatu -
Me lamento quanto a percepção, perante os anarquistas, revoltos por qualquer
coisa que possa ser chamada de causa, como sendo nós uma camada que cessa tão
rápido a chama da revolução.
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
Viva as bicicletas!
Pegue uma pessoa comum, pacífica, habitualmente calma. Meta-lhe entre as mãos um volante e sob os seus pés um acelerador. Lance-a em um engarrafamento, por exemplo, numa rua movimentada às 6 horas da tarde. É fácil encontrar. Olhe para ela... Você não a reconhece mais? Mas, está ali, um bruto humano, pálido, nervoso, impaciente, interpelando os outros automobilistas a golpe de insultos obscenos e rabugentos... Ela amedrontou você? Se transformou? Acrescente-lhe um celular e terá triplicado seu poder de matar. É como se você desse um revólver a alguém... Raros são aqueles que irão recusar a servir-se dele.
Réjean Ducharme, um escritor nascido em Quebec,
analisou particularmente bem esse processo que transforma o humano em
automobilista. Aliás, ele propõe não chamar mais automobilista, mas automóvel,
uma vez que o condutor forma um corpo com seu veículo:
Quando digo automóveis, quero dizer
automobilistas. O automóvel e o automobilista fazem parte de uma só e mesma
coisa: o automóvel.
Não se tem um automóvel; se é um automóvel.
Não se pode nascer automóvel; torna-se automóvel, de repente.
Não se tem um automóvel; se é um automóvel.
Não se pode nascer automóvel; torna-se automóvel, de repente.
Para finalizar, segue um poema composto pelo narrador do romance de Ducharme:
Os automóveis
Sobre o caminho de concreto,
Passam os homens e as mulheres
Enxertados nos veículos
Que apagam o sangue e a alma.
Passam no automóvel,
Esses homens loucos, essas mulheres loucas.
E se creem, ai de mim, aptos
A viver apenas de petróleo.
Eles não falam, buzinam.
E não andam: rolam.
Visto que com duas pernas eu funciono,
Eles riem; me chamam de galinha.
São amarelos, ou verdes, ou negros.
Entre eles, nada de segregação:
Mexem-se entre as calçadas
Lado a lado e a uníssono.
Estejamos atentos! Talvez isso soe absurdo para aqueles ainda programados a aceitar, sem nenhuma revolta, nem se quer indagações, o que está a sua volta. É inserido em um meio e, o que se passa nesse meio, lhe é absolutamente aceito, não importa sua moral. Senso critico? Que isso, meu jovem! Mas que saudade, hein? O domínio de um veiculo sobre um ser humano: Isso sim é um absurdo!
Mas o que fazer, você me pergunta, se não
quisermos nos tornar “automóveis”? A resposta é simples: sejamos ciclistas! O
ciclista é o oposto do “automóvel”: mesmo em cima de sua bicicleta, ele
conserva todo seu livre-arbítrio, pode ir aonde quiser, estacionar onde achar
melhor... Ele não ameaça constantemente a vida de quem está a sua volta. Está à
escuta do exterior: em vez de se blindar medrosamente se rodeando de aço, ele
interage corajosamente em seu meio ambiente – que evita, além disso, poluir.
ZERO emissão de CO2(Dióxido de Carbono), seu pulmão agradece. Os da sua futura
geração também. Raramente perde o controle de si, e se deixa guiar por dois
princípios: a liberdade e o respeito ao outro. Como notam, em tudo é benéfico.
Pode-se ver então que a escolha de um meio de transporte é, acima de tudo, uma escolha de vida: um estado de espírito. Recusar o carro é recusar um modo de vida que nos torna perigosos (para nós mesmos, para os outros e para o meio ambiente), é querer uma vida diferente daquela proposta pela grande massa de publicitários que nos impõem a sociedade moderna.
Não somente com palavras se muda a sociedade...
A todos aqueles que apoiam uma vida mais pacifica(para si e para o outro), a liberdade, o comunismo e o “ecologismo”, eu respondo: o CICLISMO!
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
terça-feira, 15 de outubro de 2013
Tzel, Betzelem - A Sua imagem e semelhança
Caros amigos, shalom!
No princípio da Bíblia, é contado que os seres humanos são uma parte honrada da criação Divina. Na verdade, nos contam que Deus criou o homem a Sua imagem e semelhança! A palavra Hebraica para imagem é “tzelem” que é derivada da palavra mais curta, “tzel”, que significa “sombra”. Vocês veem a conexão? Quando raios de luz refletem sobre qualquer coisa, uma sombra (tzel) aparece perto dela. De acordo com a Bíblia, um ser humano é nada mais do que a imagem (tzelem) de Deus, porque ele reflete de diversas maneiras a perfeição e beleza Divina.
Outra forma intrigante de ver esta conexão se reflete no nome “Bezalel”. Literalmente, Bezalel (Betzalel) significa “na sombra de Deus”. Segundo o estudo hebraico, ele foi uma pessoa apontada por Deus para criar o Tabernáculo e todas as suas mobílias (Bíblia - Livro de Êxodo capítulo 31). O Tabernáculo, e tudo dentro dele, permitiram que os israelitas se aproximassem de Deus para conversarem com o Pai.
De acordo com a interpretação bíblica hebraica, quando um ser humano ora e se prosta para Deus, é como se essa pessoa andasse na sombra de dEle. Tornando-se parte disso, reflete assim traços de perfeição do Criador.
No princípio da Bíblia, é contado que os seres humanos são uma parte honrada da criação Divina. Na verdade, nos contam que Deus criou o homem a Sua imagem e semelhança! A palavra Hebraica para imagem é “tzelem” que é derivada da palavra mais curta, “tzel”, que significa “sombra”. Vocês veem a conexão? Quando raios de luz refletem sobre qualquer coisa, uma sombra (tzel) aparece perto dela. De acordo com a Bíblia, um ser humano é nada mais do que a imagem (tzelem) de Deus, porque ele reflete de diversas maneiras a perfeição e beleza Divina.
Outra forma intrigante de ver esta conexão se reflete no nome “Bezalel”. Literalmente, Bezalel (Betzalel) significa “na sombra de Deus”. Segundo o estudo hebraico, ele foi uma pessoa apontada por Deus para criar o Tabernáculo e todas as suas mobílias (Bíblia - Livro de Êxodo capítulo 31). O Tabernáculo, e tudo dentro dele, permitiram que os israelitas se aproximassem de Deus para conversarem com o Pai.
De acordo com a interpretação bíblica hebraica, quando um ser humano ora e se prosta para Deus, é como se essa pessoa andasse na sombra de dEle. Tornando-se parte disso, reflete assim traços de perfeição do Criador.
sábado, 5 de outubro de 2013
VAMOS CAÇAR?
Vocês, cristãos,
não podem me dizer que a maioria das pessoas, quando colocam cristais nos pescoços, gastam dinheiro
diariamente para ouvir gurus e contratam médiuns caríssimos, não estejam
famintas de Deus.
Elas estão famintas para conhecer algo que esteja além de si mesmas, algo que não estão vivenciando na Igreja hoje. Sejamos claros: As pessoas estão enfadadas da Igreja! Isso porque ela só tem se portado como mera difusora da Bíblia. E não o corpo de Cristo.
Estão procurando alimento para saciar a fome, que corrói a alma, mas só encontram migalhas. As pessoas querem estar ligadas a um poder maior! Querem estar ligadas a Trindade. Mas NÃO encontram Deus no que deveria ser a casa de Deus!
(Para a Sua graça em nossas vidas, há exceções).
E aqui vai o conselho para se saciar, uma vez que o banquete só tem sentido para o faminto: NÃO se contente em apenas saber de Jesus. Não! Vá além.
Me permita ilustrar: Você pode saber tudo sobre presidentes, realezas e celebridades; pode conhecer seus hábitos, endereço preferências. Mas saber sobre eles não significa ter intimidade com eles. Ou seja: isso não significa que você os conheça. Percebe?
Por muito tempo a Igreja só tem conhecido fatos sobre Deus. Nós conhecemos “técnicas”, mas não falamos com Ele. Essa é a diferença entre conhecer alguém e saber a respeito dele.
Veja: Se você os encontrasse pessoalmente, teriam que ser apresentados, porque o mero conhecimento a respeito de uma pessoa não é o mesmo que a necessária amizade intima.
Saber a respeito de Deus não é o suficiente. Temos igrejas cheias de pessoas que podem ganhar qualquer concurso sobre temas bíblicos, mas que não O conhecem. Temo que alguns de nós fomos desviados tanto pela prosperidade, quanto pela pobreza. Receio que tenhamos nos tornado uma sociedade tão farisaica, que nossos desejos e vontades não correspondam aos do Espírito Santo.
Se não tomarmos cuidado, estaremos cultivando o “culto/missa do bem-estar”: satisfeitos com o nosso pastor/padre amável, missionários/obreiros/sacerdotes confiáveis, nossa igreja confortável, nosso fiel circulo de amigos, nos esquecendo dos milhares de insatisfeitos, feridos e aflitos que passam pela nossa confortável vida todos os dias! Não posso deixar de pensar que, se falhamos até mesmo em tentar alcançar os cativos com o Evangelho de Jesus Cristo, muito sangue foi desperdiçado no Calvário. Isso, de fato, me incomoda. Muito.
Podemos E PRECISAMOS tocar o coração de Deus. Davi, um homem que se fez muito feliz, assim fez.
Esta é a beleza de ser um caçador de Deus. Você busca o impossível, sabendo que é possível.
"Minha alma te busca incansavelmente..."
Obs: Essa foi uma adaptação do livro "Os caçadores de Deus" de Tommy Tenney.
Elas estão famintas para conhecer algo que esteja além de si mesmas, algo que não estão vivenciando na Igreja hoje. Sejamos claros: As pessoas estão enfadadas da Igreja! Isso porque ela só tem se portado como mera difusora da Bíblia. E não o corpo de Cristo.
Estão procurando alimento para saciar a fome, que corrói a alma, mas só encontram migalhas. As pessoas querem estar ligadas a um poder maior! Querem estar ligadas a Trindade. Mas NÃO encontram Deus no que deveria ser a casa de Deus!
(Para a Sua graça em nossas vidas, há exceções).
E aqui vai o conselho para se saciar, uma vez que o banquete só tem sentido para o faminto: NÃO se contente em apenas saber de Jesus. Não! Vá além.
Me permita ilustrar: Você pode saber tudo sobre presidentes, realezas e celebridades; pode conhecer seus hábitos, endereço preferências. Mas saber sobre eles não significa ter intimidade com eles. Ou seja: isso não significa que você os conheça. Percebe?
Por muito tempo a Igreja só tem conhecido fatos sobre Deus. Nós conhecemos “técnicas”, mas não falamos com Ele. Essa é a diferença entre conhecer alguém e saber a respeito dele.
Veja: Se você os encontrasse pessoalmente, teriam que ser apresentados, porque o mero conhecimento a respeito de uma pessoa não é o mesmo que a necessária amizade intima.
Saber a respeito de Deus não é o suficiente. Temos igrejas cheias de pessoas que podem ganhar qualquer concurso sobre temas bíblicos, mas que não O conhecem. Temo que alguns de nós fomos desviados tanto pela prosperidade, quanto pela pobreza. Receio que tenhamos nos tornado uma sociedade tão farisaica, que nossos desejos e vontades não correspondam aos do Espírito Santo.
Se não tomarmos cuidado, estaremos cultivando o “culto/missa do bem-estar”: satisfeitos com o nosso pastor/padre amável, missionários/obreiros/sacerdotes confiáveis, nossa igreja confortável, nosso fiel circulo de amigos, nos esquecendo dos milhares de insatisfeitos, feridos e aflitos que passam pela nossa confortável vida todos os dias! Não posso deixar de pensar que, se falhamos até mesmo em tentar alcançar os cativos com o Evangelho de Jesus Cristo, muito sangue foi desperdiçado no Calvário. Isso, de fato, me incomoda. Muito.
Podemos E PRECISAMOS tocar o coração de Deus. Davi, um homem que se fez muito feliz, assim fez.
Esta é a beleza de ser um caçador de Deus. Você busca o impossível, sabendo que é possível.
"Minha alma te busca incansavelmente..."
Obs: Essa foi uma adaptação do livro "Os caçadores de Deus" de Tommy Tenney.
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