quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Uma revolta visceral

O anarquismo é o que se poderia chamar de revolta visceral. Augustin Hamon, a partir de uma sondagem de opinião dos meios libertários, no fim do século passado, concluiu que o anarquista é, antes de mais nada, um revoltado. Recusa a sociedade na sua totalidade, com a sua "chusma de policiais". Liberta-se, conforme Max Stirner, de "tudo quanto é sagrado". Realiza uma imensa paganização. Estes "vagabundos da inteligência", estes "tresloucados", "em lugar de considerarem como verdades intocáveis o que dá a milhares de homens a consolação e o repouso, saltam por cima das barreiras do tradicionalismo e abandonam-se, desenfreados, às fantasias da sua crítica impudica."

[...]

O estado permanente de revolta leva o anarquista a sentir simpatia por todo o irregular, e a abraçar a causa do réprobo ou do foragido."
 - Freire | Viva eu viva tu viva o rabo do tatu -

Me lamento quanto a percepção, perante os anarquistas, revoltos por qualquer coisa que possa ser chamada de causa, como sendo nós uma camada que cessa tão rápido a chama da revolução.

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