O anarquismo é o que se poderia chamar de revolta visceral. Augustin Hamon,
a partir de uma sondagem de opinião dos meios libertários, no fim do século
passado, concluiu que o anarquista é, antes de mais nada, um revoltado. Recusa
a sociedade na sua totalidade, com a sua "chusma de policiais".
Liberta-se, conforme Max Stirner, de "tudo quanto é sagrado". Realiza
uma imensa paganização. Estes "vagabundos da inteligência", estes
"tresloucados", "em lugar de considerarem como verdades
intocáveis o que dá a milhares de homens a consolação e o repouso, saltam por
cima das barreiras do tradicionalismo e abandonam-se, desenfreados, às
fantasias da sua crítica impudica."
[...]
O estado permanente de revolta leva o anarquista a sentir simpatia por todo o
irregular, e a abraçar a causa do réprobo ou do foragido."
- Freire | Viva eu viva tu viva o rabo do tatu -
Me lamento quanto a percepção, perante os anarquistas, revoltos por qualquer
coisa que possa ser chamada de causa, como sendo nós uma camada que cessa tão
rápido a chama da revolução.
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